Não tenho dificuldade para pegar no sono, mas tenho um problema com a duração. Como posso prolongar meu sono além de quatro horas? Acabo totalmente desperto após três ou quatro horas dormindo.

Muitas pessoas ocasionalmente acordam no meio da noite e não conseguem voltar a dormir, mas se isso ocorre com frequência, e você está sempre cansado e sem energia durante o dia, isso indica um problema, afirma Meir H. Kryger, professor da Yale School of Medicine e autor do livro "The iGuide to Sleep".
Eventos estressantes, um cachorro barulhento ou um parceiro de cama roncando podem ser os culpados, ou o problema pode ser uma questão médica como tosse, apneia do sono ou a necessidade de urinar – o que pode ser um sinal de diabetes. Kryger teve pacientes que eram despertados pela sensação de um batimento rápido do coração, devido a problemas no ritmo cardíaco.
Se preocupar com estar acordado só agrava o problema. "Vemos isso em pacientes que tiveram insônia por algum tempo. Eles acordam e ficam tão nervosos, frustrados e excitados que não conseguem voltar a dormir", explicou Kryger.
Em alguns casos, hábitos melhores podem ajudar. Os níveis de nicotina e álcool caem durante o sono e podem fazer a pessoa acordar; assim, parar de fumar ou evitar bebidas alcoólicas, especialmente antes da hora de dormir, pode ajudar. Caso uma azia ou refluxo ácido esteja atrapalhando seu sono, mantenha distância de alimentos pesados ou apimentados antes de se deitar.
Você pode tentar cochilar durante o dia para compensar o sono perdido, mas isso pode apenas prolongar o problema, disse Kryger. Evite tirar sonecas de mais de 20 minutos, especialmente na parte da tarde.
Se você acordar à noite e não conseguir voltar a dormir após 20 minutos, não fique deitado em agonia encarando o relógio. Saia da cama e faça algo que o distraia e relaxe, como ler um livro. Volte à cama quando se sentir sonolento.
Se nada disso ajudar e o problema persistir por mais de algumas semanas, marque uma consulta com um especialista de sono que possa investigar. Alguns problemas precisam ser abordados com terapia de comportamento cognitivo ou medicamentos, concluiu Kryger.

Fonte:http://noticias.uol.com.br/saude/ultimasnoticias